Dezembro Vermelho, campanha nacional voltada à prevenção do HIV/Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis. O mês foi escolhido justamente por já fazer parte do calendário global, sendo 1º de dezembro o Dia Mundial de Combate à Aids. A campanha visa propagar a luta contra o preconceito, divulgar os meios de prevenção e a sensibilizar quanto aos direitos do portador de HIV.
Celebrar essa data é extremamente importante uma vez que o HIV ainda é cercado de estigma e muitos não conhecem totalmente os meios de transmissão e de prevenção ao vírus.
De acordo com dados recentes do Ministério da Saúde, cerca de 920 mil brasileiros vivem com HIV, sendo que 72% dessas pessoas fazem tratamento com uso de antirretrovirais. 94% dos portadores de HIV em tratamento, aqui no Brasil, têm carga viral indetectável, o que os torna não transmissores do vírus por via sexual. Esses números, que são muito positivos, são fruto de uma política bastante efetiva por parte do Ministério da Saúde, que inclui o incentivo à testagem ampla e o início imediato do tratamento.
Medidas de prevenção ao HIV/AIDS
É fundamental o uso de preservativo em todas as relações sexuais (orais, anais ou vaginais). Além do preservativo masculino há a possibilidade de utilização do preservativo feminino, cuja eficácia também é bastante satisfatória. É importante ressaltar que o uso correto de preservativo previne, além do HIV, a transmissão de outras doenças sexualmente transmissíveis como sífilis, gonorreia e de hepatite.
O compartilhamento de objetos perfuro-cortantes como navalhas, alicates de unha e equipamentos utilizados em estúdios de tatuagem e piercing oferecem um grande risco de transmissão de várias doenças, incluindo o vírus da AIDS. Assim, não compartilhe esses materiais, dando preferência aos descartáveis ou esterilizados. O uso de drogas injetáveis com seringas compartilhadas também é extremamente arriscado e, por isso, não deve ser praticado.
As mulheres grávidas devem ser submetidas a testes de HIV pelo menos duas vezes durante a gravidez. Desta forma, aquelas que tiverem resultado positivo podem iniciar o tratamento o mais cedo possível, com vistas a evitar a transmissão para o bebê durante o parto. Nesses casos, a amamentação não é recomendada.
Quais os direitos do portador de HIV?
O soropositivo tem, assim como qualquer outro ser humano, direito à dignidade e ao acesso à saúde gratuita, bem como à informação clara sobre seu estado de saúde e à participação na vida social, sem nenhum tipo de restrição ou discriminação. Além disso, o estado de saúde do soropositivo é privado e não deve ser compartilhado em nenhuma hipótese.
Esses e outros direitos estão esclarecidos na Lei nº 12.984, de 2 de junho de 2014, e tipifica como crime a discriminação a portadores de HIV e AIDS.
Ao receber o diagnóstico positivo, é preciso buscar atendimento no centro de testagem e atendimento mais próximo. Os centros de testagem oferecem, além de todos os medicamentos necessários para o tratamento, atendimento multidisciplinar ao portador de HIV.
